sábado, 9 de abril de 2011

Francisco Stockinger - ProjetoAteliêCASAacervo


Francisco Stockinger - (1919, Traun, Austria - 2009, Porto Alegre / RS). 

Chegou ao Brasil em 1921, fixando-se em São Paulo. Em 1937, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos no Liceu de Artes e Ofícios, em 1946. Trabalhou com Bruno Giorgi até 1950. Em 1954 transferiu residência para Porto Alegre, onde reside até hoje. Participou da Bienal de São Paulo a partir de 1961. Em 1996, o Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, realizou a exposição Ritos de Passagem: Nus femininos, reunindo sua obra mais recente.

Em texto para o catálogo dessa exposição, escreveu Evelyn Berg Ioschpe: "São mulheres maiores que a proporção simplesmente humanas. São mulheres monumentais. Ele que fizera tantos guerreiros e alguns sobreviventes nos anos 60, 70 e 80 - chega a meados dos 90 entoando um hino de louvor às formas femininas." 

Referências: Um século de escultura no Brasil (MASP, 1982), textos de Pietro Maria Bardi e Jacob Klintowitz A gravura no Rio Grande do Sul 1900-1980 (Mercado Aberto, 1982), de Carlos Scarinci História geral da arte no Brasil (Instituto Walther Moreira Salles/Fundação Djalma Guimarães, 1983), coordenação de Walter Zanini Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand (JB, 1987), de Roberto Pontual Stockinger (Museu de Arte do Rio Grande do Sul/Companhia Iochpe de Participações/Fundação Pró-Memória, 1987) Cronologia das artes plásticas no Rio de Janeiro: 1816-1994 (Topbooks, 1995) e Monumentos urbanos: obras de arte na cidade do Rio de Janeiro (Prêmio, 1999), de Frederico Morais Tridimensionalidade: arte brasileira do século XX (2º ed. revista e ampliada Itaú Cultural/Cosac & Naify, 1999), de Annateresa Fabris, Fernando Cocchiarale e outros Gravura: arte brasileira do século XX (Itaú Cultural/Cosac & Naify, 2000), de Leon Kossovitch, Mayra Laudanna e Ricardo Resende Xico Stockinger: memórias (Artes e Ofícios, 2002), organização de Elizabeth Menna Barreto Mattos.

FRANCISCO STOCKINGER - Conversando -  Xilogravura - 1/60 - S/D 27 x 39 cm  


HÉCTOR CARYBÉ - ProjetoAteliêCASAacervo



HECTOR JULIO PARIDE BERNABÓ - (1911, Lanus, Argentina - 1997, Salvador, Bahia)

Viveu a infância entre Gênova e Roma, na Itália. Chegando ao Brasil, no Rio de Janeiro freqüentou a Escola Nacional de Belas Artes. Seguiu mais tarde para Salvador (BA), onde se fixou definitivamente a partir dos anos 50, casou-se com Nancy Bernabó e teve dois filhos, Ramiro e Solange.
Em seu currículo inclui dezenas de individuais no Brasil e no exterior, e diversas participações em exposições coletivas. 

Em 1956 teve sala especial na Bienal de Veneza (Itália). Ilustrou vários livros de Mário de Andrade (Macunaíma, edição da Sociedade dos 100 Bibliófilos do Brasil, 1957, obra reeditada em 1979 pela Edusp, comemorativa do cinqüentenário do romance, com texto de Antonio Bento), de Rubem Braga (A borboleta amarela, 1953), de Gabriel Garcia Márquez (O enterro do diabo, 1970), de Jorge Amado (O sumiço da santa: uma história de feitiçaria, 1988) etc.

Em 1996 expôs na Casa de Galícia, em Madri (Espanha) e na Galeria Debran’t, em Paris (França).
Carybé é um pseudônimo adotado pelo cidadão Hector Julio Paride Bernabó. Referências: As sete portas da Bahia (Martins, 1962, 4ª edição revista e ampliada, Record, 1976), de Carybé;Artistas brasileiros: acervo do Grupo Sul América de Seguros (Colorama, 1975), de Walmir Ayala; Carybé (Cultrix, 1961, 3.ed., 1971) e O capeta Carybé (Berlendis e Vertecchia, Coleção Arte para Criança), de Jorge Amado; 100 obras Itaú (Masp, 1985); Da coleção: os caminhos da arte brasileira (Julio Bogoricin Imóveis, 1986), de Frederico Morais; Navegação de cabotagem (Record, 1992), de Jorge Amado; Carybé (Odebrecht, 1989), de Bruno Furrer, textos de Jorge Amado, Lídia Besouchet, José Cláudio da Silva e Carybé, pesquisa e biografia de Gardênia Melo; Museus Castro Maya (Agir/Banco Boa vista, 1994); Os primórdios da arte moderna na Bahia (Museu de Arte Moderna na Bahia, 1998), de Sante Scaldaferri; O olho da consciência: juízos críticos e obras desajuizadas (Edusp, 2000), de Arnaldo Pedroso d’ Horta, organização de Vera d’ Horta.

Executou murais no Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Montreal e no aeroporto Kennedy de Nova York. Expôs impressões e desenhos na Tryon Galery de Londres; teve um de seus quadros oferecido pelo governo da Bahia à Coroa Inglesa em sua visita ao Brasil e de passagem pela Bahia. 


HÉCTOR BERNABÓ CARYBÉ - Sete Lendas Africanas da Bahia - Xilogravura - 169/200 - 1979 - 48.2 x 68.3 


NOEMIA MOURÃO - ProjetoAteliêCASAacervo


Retrato de Noemia por Di Cavalcanti

Noêmia Mourão Moacyr (Bragança Paulista, 15 de fevereiro de 1912 – São Paulo, 21 de agosto de 1992), pintora figurativa, desenhista e cenógrafa.

Foi aluna de pintura do artista Emiliano Di Cavalcanti com quem se casou em 1933 (separando-se em 1947). Na companhia do marido, foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou ilustrando (com aquarelas e desenhos) poemas para jornais, e para Recife – local onde teve grande contato com Gilberto Freire, Cícero Dias, Lula Cardoso Ayres (assim como outros renomados artistas e escritores); depois, seguiram juntos para a Europa (Lisboa, onde fixaram residência por um curto período, Bélgica, Espanha e outros países).

Durante cinco anos (1935 a 1940) estudou em Paris – Academia Ranson, Academia La Grande Chaumière e na Sorbonne (nesta instituição fez o curso de Filosofia e História da Arte) –, trabalhou como ilustradora dos jornais Le Monde e Paris Soir e foi convidada pela Radio Difusion Française, onde participou de um programa sobre artes plásticas e literatura (discutido em língua portuguesa) junto com outros grandes artistas (Cícero Dias, Tavares Bastos e Marcelino de Carvalho).

Quando voltou para o Brasil, estudou com o artista Victor Brecheret, mas sua grande paixão continuou sendo a aquarela.

Em 1947, a convite do governo norte-americano, morou (por um período de seis meses) em Nova York ilustrando revistas, decorando vitrines da Quinta Avenida (principal avenida novaiorquina) e trabalhando no feitio de estamparias.

Trabalhou desenhando cenários e figurinos para o Teatro Brasileiro de Comédia, projetou os cenários e os figurinos para o Balé Fantasia Brasileira (um dos eventos das comemorações do IV Centenário de São Paulo) e nos anos 60 viajou pelo Brasil estudando a arte plumária indígena (pesquisa que resultou no livro Arte Plumária e Máscara de Danças dos Índios Brasileiros (1971).

Participou de exposições como o Salão de Pintoras da Europa – entre outras mostras em Paris –, da 4ª Bienal Internacional de São Paulo e por todo o Brasil.

O MAB/Faap de São Paulo organizou, em 1990, uma Retrospectiva de suas obras.

Após sua morte, seus trabalhos foram apresentados em diversas exposições como a mostra 100 Obras-Primas da Coleção Mário de Andrade: Pintura e Escultura (IEB/USP, 1993), Fantasia Brasileira: O Balé do IV Centenário (Sesc, 1998), entre outras.

NOEMIA MOURÃO - Moça e Pássaro - Nanquim sobre Papel - S/D - 20.4 x 28.5 cm

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Esponja de limpeza nanomagnética revoluciona restauração de obras de arte

Cientistas italianos utilizaram a nanotecnologia para desenvolver um novo tipo de esponja de limpeza que promete revolucionar a limpeza e a conservação de obras de arte, incluindo pinturas e esculturas feitas com os mais diversos tipos de materiais.


Esponja de limpeza com nanotecnologia

Piero Baglioni e seus colegas da Universidade de Florença criaram uma esponja nanomagnética que é capaz de incorporar os materiais de limpeza em sua própria estrutura.
A seguir ela é cortada no formato necessário para cada obra de arte em particular, o que faz com que os produtos cheguem a todos os pontos da pintura ou escultura de forma homogênea e rápida. E isso não é tudo: sua maior vantagem está na facilidade de retirar o material de limpeza depois que ele terminou de agir.

Trabalhos de restauração

Hoje, os restauradores utilizam solventes e outros agentes de limpeza em forma de gel. A textura gelatinosa faz com que o material permaneça na superfície da obra de arte, ao contrário de um líquido, que tem a tendência de se infiltrar e pode resultar em danos irreparáveis.
Os géis, contudo, também têm seus inconvenientes. O principal deles é que é difícil removê-los de superfícies pintadas, o que não raro resulta em resíduos indesejáveis deixados sobre as obras de arte.

Remoção magnética

A nova esponja nanomagnética resolve esse problema. Além de permitir a construção de verdadeiros "moldes de limpeza", que chegam a qualquer canto, o gel de limpeza pode ser facilmente retirado com um ímã.
"O gel nanomagnético representa o mais avançado e versátil sistema para limpeza e terá um impacto dramático sobre os métodos convencionais utilizados no campo da conservação e em várias outras áreas onde se exige o ajuste fino da liberação ou da retirada de materiais confinados," diz o artigo publicado pelos cientistas.
Com a continuidade das pesquisas, eles esperam que a esponja de limpeza nanomagnética possa vir a ser utilizada também na cosmética, nos detergentes para limpeza doméstica e na biomedicina.


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